Ano após ano, continuamos a ver esta desgraça a assombrar todos os que vivem em regiões florestais e de mato e, ano após ano, voltamos a falar da necessária reconstrução após os incêndios.
Mais um verão passou por nós, deixando um triste rasto de destruição, com vidas, florestas e casas consumidas pelas chamas. Mais um verão passou, sem um real combate político à devastação que se viu e continua a ver, e sem um real apoio eficaz a todos os que viram as suas casas, familiares e subsistência desaparecerem.
O projeto criado por mim e apoiado por toda a equipa do Almeida Fernandes Arquitetura & Design - CAuSA - foi criado após os terríveis incêndios de 2017, precisamente para dar uma nova esperança às vítimas. Fazemo-lo ao construir anexos agrícolas, multifunções, inspirados na construção tradicional do modelo dos espigueiros do norte, reaproveitando a madeira ardida, que foi recuperada nas serrações locais.
Ano após ano, continuamos a ver esta desgraça a assombrar todos os que vivem em regiões florestais e de mato e, ano após ano, voltamos a falar da necessária reconstrução após os incêndios.
Nesse primeiro verão, a CAuSA trabalhou com outras associações, como a Just a Change, na reabilitação e reconstrução de dezenas de casas, ajudando ainda os empreiteiros regionais, através da sua contratação. Mas não nos podemos esquecer de quem perdeu todos os seus meios de subsistência, dos que não ficaram sem habitação, mas que ficaram sem o seu cultivo, os seus animais, a maquinaria e armazéns.
A CAuSA continua a operar e a apoiar a necessária reconstrução após os incêndios, e não falamos apenas na reconstrução de abrigos e construção civil, mas também na necessária reconstrução de meios de sustento e ligações de apoio a todos os que ficaram fragilizados.
É necessário haver uma reconstrução efetiva de vidas, com tudo o que isso implica, seja através de redes de apoio, ligações entre os que procuram produtos e serviços e os que os têm para dar/vender, ou ainda através da combinação de diferentes associações para uma ajuda multifacetada.
Trata-se de um trabalho contínuo, ao longo do ano, mas depois da devastação do verão, somos sempre dolorosamente recordados, de que é necessária uma efetiva reconstrução após os incêndios.
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